O SR-71 foi uma criação de Clarence "Kelly" Johnson, o famoso projetista da Lockheed que criou o P-38, o F-104 Starfighter e o U-2. Depois que os soviéticos abateram o U-2 de Gary Powers em 1960, Johnson começou a desenvolver uma aeronave que voaria 4800 metros mais alto e cinco vezes mais rápido que o U-2, e que ainda seria capaz de fotografar a placa do seu carro.
Lockheed SR-71 Tipo A, também conhecido por Blackbird, é um avião de reconhecimento estratégico (daí o "SR": Strategic Reconnaissance) de longo alcance desenvolvido pela lockheed a partir dos projetos YA-12 e A-12 projetada pelo ultra-secreto laboratório da Lockheed "Skunk Works". Sua fuselagem foi feita com ligas de titânio para suportar as altas temperaturas em torno de 200 a 300 graus celsius , causadas pelo atrito com o ar em virtude da alta velocidade alcançada.
Como sua fuselagem foi feita em placas para poder dilatar-se durante o vôo, o SR-71 é conhecido por vazar quando está no chão; pelo seu fluido hidráulico congelar em temperaturas de 30 °C e pelo modo peculiar de ativação dos motores.
Por ser a J-58 uma turbina de grande porte e pesada demais (9 estágios de compressão de fluxo axial) para um sistema pneumático comum, a ativação era feita por um motor V-8 envenenado ligado por engrenagens diretamente no eixo da turbina nos primeiros anos (agora a ativaçao era feita de outra maneira escrito logo abaixo)
Seu vôo em altas temperaturas também não seria possível sem o combustível especial desenvolvido para ele, o JP-7, tão viscoso e pouco volátil que era possível apagar facilmente um fósforo aceso num balde de JP-7. O JP-7 não queimava com o motor frio, assim na hora da partida era preciso pré-aquecer as turbinas com outra "formula de bruxa", o borato de trimetila - que fazia uma característica chama verde.
cockpit do SR-71 |
A aviônica quase não existia. Para a navegação era empregado o sistema inercial de navegação, a fim de detectar sistemas de radar hostis e enganar possíveis mísseis disparados, possuía o A-12 ainda um sistema contra-medidas eletrônicas (ECM-System).
ROUPAS COM SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO |
SR-71 SENDO REABASTECIDO POR UM KC-135 |
Apenas 3 são mantidos ativados pela NASA para estudos. Esse avião voava tão alto e tão rápido que, perseguido por um missil terra ar, a manobra de evasão clássica era simplesmente acelerar. Com base em Beale, na Califórnia, a unidade equipada com SR-71 estava em diferentes bases, principalmente na Inglaterra e no Japão,, para fazer cobertura aérea em todo o mundo.
À altitude operacional, o SR-71 conseguia fazer a vigilância de uma superfície de 270.000 km² por hora, o que lhe permitia operar no Vietnam do Norte, na China, na União Soviética, em Cuba ou na Coreia do Norte sem entrar no espaço aéreo respectivo. Nenhum dos 33 SR-71 fabricados foi abatido até a atualidade, no entanto 12 unidades foram perdidas em acidentes, Isso constitui uma façanha notável, já que durante a Guerra do Vietnam muitas missões foram conduzidas sobre Hanói, então uma das mais bem defendidas cidade do mundo.
Em um dos seus últimos vôos fora dos EUA, um SR-71 foi exibido em feira aérea em Paris, e no retorno aos EUA, bateu novo recorde de velocidade. Devido ao fuso horário, o avião chegou aos EUA aproximadamente 4 horas antes do horário em que decolou de Paris.
Em seu voo final, o Blackbird voou para o Smithsonian National Air and Space Museum, viajando de Los Angeles a Washington em 64 minutos, com uma média de 3432 km/h e estabelecendo quatro recordes de velocidade. Ele serviu a seis presidentes americanos durante um quarto de século. Semanalmente o SR-71 vigiava cada submarino nuclear soviético, cada lançador móvel e todos os movimentos de tropas.
CAUSOS DO SR-71
Um dia, sobre o Arizona, estávamos monitorando a frequência de rádio de todos os aviões comuns abaixo do nosso. Primeiro o piloto de um Cessna pediu aos controladores de voo para checar sua velocidade em relação ao solo. “Noventa nós” (166 km/h), disse o controlador. Em seguida um Twin Bonanza fez o mesmo pedido. “Cento e vinte” (222 km/h), foi a resposta. Para nossa surpresa, um F-18 da marinha entrou no rádio com uma checagem de velocidade em relação ao solo. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo. É claro que ele tinha um indicador no cockpit, mas ele queria mostrar aos teco-tecos como era rápido. “Dusty 52, temos você a 620 (1148 km/h) no solo”, foi a resposta do controlador. A brincadeira foi além. Ouvi o clique do microfone de Walter. Com sua voz inocente, Walter surpreendeu o controlador perguntando a ele qual a nossa velocidade a 81.000 pés, muito acima do espaço aéreo controlado. Em uma voz tranquila e profissional, o controlador respondeu: “Aspen 20, tenho você a 1982 nós (3670 km/h)”. Não ouvimos nenhuma outra transmissão naquela frequência até chegar à costa.
- O major Brian Shul é o autor de Sled Driver, um fascinante apanhado de suas experiências como piloto do SR-71 Blackbird. (trecho retirado do site www.planobrasil.com)
Especificações técnicas
Descrição
Fabricante: Lockheed Martin
Primeiro vôo: 22 de Dezembro de 1964
Entrada em serviço: Janeiro de 1966
Missão : Reconhecimento/Vigilância/espionagem
Tripulação: 2, um piloto e um operador de sistemas
Dimensões :
Comprimento: 32,74 m
Envergadura: 16,94 m
Altura: 5,64 m
Área Alar:
167,2 m²
Peso : Vazio: 27.000 kg
Peso total: 66.000 kg
Peso bruto máximo: 77.000 kg
Propulsão:
Motores: 2× Pratt & Whitney J58-1 T11D-20B de 144 kN
Performance:
Velocidade máxima: 4.300 km/h (Mach: 3,5)
Alcance: 4.800 km
Teto máximo: 28.000 m
Hahah parece té mentira, mais hj sonhei com o BlackBird e com o F-117 sonhei que tavam sobrevoando aki a cidade, uma par de caças de guerra auhduahdad
ResponderExcluirDemais esta postagem, eu sou fã desse aviao, ja tive a oportunidade de ver ao vivo em cima de um porta avioes (Museu Intrepid) em New York e é espetacular de perto.
ResponderExcluirBlack Bird, simplesmente incrível <3
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